• Imagen 1 STEVE JOBS, AS COISAS QUE NINGUÉM DIZ
    Quão honestamente a sua vida é avaliada.

Patologia de um fantoche



O ex-cineasta Arnaldo Jabor sempre aparece na calada da noite para assustar crianças e democratas com seus olhos e raciocínios esbugalhados. Medo.

Mais feio é o que ele escreve. Ao observar a patologia de suas dejeções literárias, ficam evidentes o oportunismo e a escatologia ideológica desse cidadão.

Do alto de seu ego, em vez de pular e suicidar-se, investe numa retórica de inegável pobreza estilística. Sua literatura arrogante é indigna de reacionários limpinhos como Nelson Rodrigues ou alucinados geniais como Glauber Rocha.

Sem pudor, o Arnaldo limpa os pés nos capachos dos palácios e outorga-se lucidez num país de dementes. Joga suas fichas ensebadas na provocação barata, na autopromoção compulsiva, no servilismo explícito.

Ele sempre encontra um jeito de puxar o saco dos barões e baronetes. FHC, Collor, Serra, Bush, Reagan. Até PC Farias esse homem defendeu. Menos o Lula, parabéns.

Arnaldo somatiza a doença da adesão incondicional ao poder econômico. Em seu maniqueísmo, que alterna forças das trevas e anjos neoliberais, o que não for tucano é lixo, espantalho, judas.

Uiva delírios paranoicos e destila rancor contra quem tenha um projeto para o Brasil diferente do genocídio promovido pelas elites brancas.

Faz de conta que seus aliados não são o que o Brasil formou de mais perverso, arcaico e malévolo nas últimas décadas.

Mártir de si mesmo, Arnaldo morre de medo de perder o emprego que lhe restou. Não há por que se preocupar. Sempre haverá espaço para os escribas do templo que exalem elogios subalternos e lambam as feridas que o poder produz.

PS: Se alguém achou esse post pesado, grosseiro ou sem noção, um conselho: imagine o Jabor lendo isto na TV. No fundo, no fundo, estou prestando uma homenagem.

do blog O Provocador - Marco Antonio Araujo

Veja afirma: Aith não larga o osso.


A porta giratória Veja-Folha-Serra

A porta giratória que une a campanha de Serra às redações da Folha de São Paulo e da revista VEJA moveu-se mais uma vez: Márcio Aith, que, aspas para o jornal na coluna Painel, “vinha trabalhando na Folha como repórter especial” -e pouco antes fora editor-executivo de VEJA– agora passa a trabalhar diretamente na campanha demotucana, como coordenador de imprensa do candidato do conservadorismo brasileiro. Um dos recentes serviços de Aith na forma ‘ reportagem’ foi o factóide sobre a Telebrás. A tentativa era inviabilizar a política de universalização do acesso à web –que será anunciada hoje– criando um vínculo de interesses escusos entre o programa do governo e consultorias prestadas pelo ex-ministro José Dirceu a sócios da estatal . A Advocacia Geral da União desmentiu essa possibilidade ao esclarecer que os 16 mil quilômetros da rede de fibra ótica a serem utilizados no programa, juridicamente já haviam sido retomados pelo Estado brasileiro, embora o sistema Telebrás tenha sido privatizado por FHC, em 1998. Em vão. Em uma das ‘matérias’, Aith dizia que “Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás”. A nova atribuição do jornalista , agora pela frente, esclarece de forma cabal as motivações por trás do seu trabalho anterior


Segundo a Revista Veja de maio/2006:Aith vem desempenhando um papel fundamental na apuração dos escândalos do governo Lula.

O editor executivo Marcio Aith, de 38 anos, é um dos mais destacados jornalistas do país. Formado em direito pela USP, na Faculdade do Largo São Francisco, ele iniciou sua carreira na imprensa em 1990, na Gazeta Mercantil. Ex-correspondente da Folha de S.Paulo em Tóquio e Washington, ele estava à frente da editoria de economia do jornal em 2004, quando revelou que a empresa de investigações Kroll fora contratada pelo banqueiro Daniel Dantas para espionar adversários comerciais e integrantes do governo. Em VEJA, Aith vem desempenhando um papel fundamental na apuração dos escândalos do governo Lula. Foi ele quem desvendou as ligações perigosas do ministro Antonio Palocci com a turma de Ribeirão Preto e descobriu uma rede de sete contas secretas no exterior do publicitário Duda Mendonça, marqueteiro do PT. Agora, o nome de Aith volta a estar em evidência por causa da apuração exemplar que trouxe à tona o dossiê de Daniel Dantas contra autoridades brasileiras. De certa forma, trata-se de uma extensão das reportagens que ele fez sobre a Kroll na Folha de S.Paulo. Aith não larga o osso.

Os “genéricos” do Lula (não olhe o que tem dentro da caixa)


por Luiz Carlos Azenha

Tudo muito previsível até aqui na campanha eleitoral de 2010.

A notícia que não sai é sobre o extraordinário protagonismo que a própria mídia está jogando na campanha.

Um esforço que começou mais cedo, é muito melhor articulado e disseminado do que em 2006, por exemplo.

O padrão básico é o de desconhecer, demonizar ou associar a ex-ministra Dilma Rousseff a gafes, tropeções, erros e factóides. E o de dar ênfase aos “avanços” do ex-governador José Serra — na aliança com o PSC, com Marina Silva no Rio de Janeiro e assim por diante, se vocês me entendem.

Só a articulação com a mídia permitiu à oposição criminalizar o Instituto Sensus e lançar dúvidas sobre a credibilidade do Vox Populi, uma estratégia que permitiu ao Jornal Nacional anunciar que só divulgará os números de dois institutos “amigos”, o Ibope e o Datafolha.

A truculência digital que marcou as primeiras semanas de campanha na rede teve, em minha opinião, o objetivo de amedrontar a blogosfera que floresceu à margem das grandes empresas, além de transferir a matriz do debate para factóides e questões secundárias. Até nos comentários do blog notei a presença de novatos cujo objetivo parece ser o de “mudar de assunto” em relação ao conteúdo dos posts, de questionar o autor com ataques pessoais, etc.

Nada que me surpreenda: acompanhei a campanha eleitoral mais recente nos Estados Unidos e testemunhei o emprego dessas mesmas táticas.

Constatei pessoalmente a sujeição da política ao trabalho dos marqueteiros. O “produto” é colocado no mercado com o objetivo de enfatizar algumas características dele, deixando em segundo planos as mais desagradáveis. A máquina de moer carne dos republicanos fez um trabalho eficaz para reapresentar John McCain, um político de bastidores de Washington, como “independente”, um “outsider” — ou seja, para descolar McCain do legado desastroso do partido na economia e na política externa. Ao fim e ao cabo, McCain ainda conseguiu 45% dos votos.

Voltando ao protagonismo da mídia, nos Estados Unidos a Fox News, de Rupert Murdoch, fez muito mais que acompanhar a disputa eleitoral. Ela foi cabo eleitoral ativo, dando repercussão às notícias mais bizarras sobre Obama, como o fato de o democrata ter estudado em uma escola religiosa quando criança, na Indonésia, o fato de Obama fumar e a falsa polêmica sobre se Obama tinha mesmo nascido nos Estados Unidos. Lá tinha “outroladismo”, sim, mas recolocado da seguinte forma: um republicano lançando suspeições sobre a certidão de nascimento de Obama e um democrata dizendo que era tudo um tremendo absurdo. Assim era a cobertura “justa e equilibrada” da Fox.

Muito embora essa tática pareça bizarra aos olhos de quem tem senso de ridículo, não é. As notícias que surgiam em tablóides ou fofocas ganhavam ampla repercussão nacional através da Fox e, em seguida, alimentavam a rede nacional de programas de rádio de inclinação republicana. E, assim, o debate sobre questões políticas — quem John McCain representa, por exemplo — foi desfocado para características pessoais de Barack Obama.

No Brasil, em relação a 2006, quando a mídia também foi protagonista, algo mudou: a rápida expansão da internet e da telefonia celular. Hoje é raro encontrar algum jovem brasileiro que esteja completamente desconectado. Se você acha que já viu o pior da campanha de 2010, aguarde: em breve, teremos as chamadas feitas por robôs e as mensagens de texto via celular.

Há outra diferença crucial entre os Estados Unidos e o Brasil, neste campo. Lá, o processo de esgotamento da proposta política e econômica representada por George W. Bush e os neocons resultou numa militância dos democratas como há muito não se via, especialmente mas não apenas na internet. No Brasil, não se pode dizer que os últimos oito anos tenham sido marcados pela politização da sociedade. A ênfase foi em promover um desenvolvimentismo dissociado da política: mais vagas, mais geladeiras, mais automóveis.

O presidente Lula, ao buscar uma eleição plebiscitária, propôs circunscrever o debate ao “quem fez mais pelo país”. Na atual conjuntura econômica, talvez tenha acertado. Conta especialmente com os votos daqueles milhões que ascenderam socialmente durante seus dois mandatos.

O problema está no fato de que essas pessoas não necessariamente relacionam sua ascensão social a um projeto de governo. Talvez associem à figura do presidente da República que, como se sabe, não concorre.

Os eleitores despolitizados são os mais vulneráveis ao marketing eleitoral e à reprodução de padrões de pensamento aos quais não chegaram por conta própria. Às vezes, um eleitor machista que não queira ver uma mulher no Planalto só precisa de uma desculpa socialmente aceitável para se decidir. Dizer abertamente que não quer uma mulher na presidência não é socialmente aceitável. “Dilma terrorista”, por exemplo, é muito conveniente, ainda que historicamente falso.

Deriva daí a proposta da oposição de apresentar o ex-governador José Serra como “genérico” de Lula. E propor aos eleitores que não se trata de avaliar e escolher entre dois projetos políticos distintos, mas de encontrar o “melhor genérico” para substituir o presidente da República.

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