• Imagen 1 STEVE JOBS, AS COISAS QUE NINGUÉM DIZ
    Quão honestamente a sua vida é avaliada.

Legal essa parada "rude"



Na última terça-feira, 21 de dezembro, a Record exibiu a final do reality show "A Fazenda". Após três meses de confinamento num sítio, o modelo Daniel Bueno, 33, ganhou o prêmio de R$ 2 milhões.
 
Vanessa Bárbara da FOLHA

É quase o mesmo valor que recebeu o embriologista britânico Robert G. Edwards, 85, vencedor do Prêmio Nobel na categoria Medicina ou Fisiologia. Ele faturou 10 milhões de coroas suecas (R$ 2,5 milhões) por duas décadas de pesquisa que tornou possível a fertilização in vitro.

A carreira de Daniel Bueno começou na seleção gaúcha de caratê, na qual foi faixa preta. Aos 22, foi contratado por uma agência de modelos e trabalhou para grifes como Calvin Klein e Giorgio Armani. É mais conhecido, porém, por ter namorado a atriz Luana Piovani.

Já Edwards começou seus estudos nos anos 50. Seu esforço possibilitou o nascimento de 4 milhões de pessoas e representou uma revolução no tratamento da infertilidade.
Para a comissão do Nobel, o britânico conseguiu vencer "desafios monumentais" no campo da ciência. Mesmo com a dificuldade de obter patrocínio, Edwards conseguiu elucidar incógnitas da biologia, como os momentos certos para a extração do óvulo e da sua fertilização e fecundação.

Bueno, por sua vez, demonstrou comprometimento com os afazeres rurais. Durante os 86 dias de programa, destacou-se pela diligência e por tomar para si a ordenha da vaca Estrela, proferindo frases como: "Dona Estrelinha! Como é bom ver a senhora!".
Logo de início, ele admitiu: "Pra ser sincero, eu não me acho um cara talentoso. Mas sou muito esforçado". Um de seus maiores momentos foi quando teve de tomar um banho gelado e exclamou: "Legal essa parada rude".

Mas o melhor diálogo não foi obra dele e de nenhum dos outros finalistas (o ator Sergio Abreu e a assistente de palco Lisi Benitez, a "Piu-Piu"). Foi Luiza Gottschalk que perguntou ao cabeleireiro Carlos Carrasco: "Milho é verdura?". Ao que ele respondeu: "Não. É um amido".

Daniel Bueno mostrou os peitorais na tevê e comemorou a vitória com Sérgio Mallandro. Robert Edwards não compareceu à cerimônia do Nobel por problemas de saúde.

Uma boa surpresa





Inesperado, o balanço dos anos Lula mexe com as convicções de quem considera a Folha tucana


OMBUDSMAN - SUZANA SINGER - Folha

A FOLHA SURPREENDEU seus leitores no domingo passado com o editorial de Primeira Página "Saldo Favorável", sobre os anos Lula. O texto era ainda mais positivo do que indicava o título.
Mesmo depois de várias ressalvas significativas, o jornal conclui que "Lula deixa o governo como estadista democrático que honrou boa parte dos compromissos assumidos numa trajetória épica".
É o mesmo jornal que, em 2006, logo depois de estourar o caso Francenildo -o caseiro que disse ter visto Antônio Palocci em uma casa frequentada por lobistas e garotas de programa-, afirmou que "a desfaçatez, o uso sistemático da mentira, o empenho em desqualificar qualquer denúncia, nada disso constitui novidade no comportamento do governo Lula".
O editorial "Abuso de Poder", também na capa, dizia que o Brasil tinha atingido "níveis inéditos de degradação ética, de violência institucional e de afronta às normas de convivência democrática". O governo Lula ainda sofria os efeitos da sua pior crise política: o escândalo do mensalão, furo da Folha, que se tornou a primeira grande mancha no partido que pretendia ser uma referência ética para o país .
Mais recentemente, em plena campanha eleitoral, a Folha alertou em texto na Primeira Página sobre os riscos de "enfraquecimento do sistema de freios e contrapesos que protege as liberdades públicas", quando se formam "ondas eleitorais avassaladoras", no texto "Todo poder tem limite". Era uma advertência contra o que o jornal chamou de bravatas de Lula e Dilma contra a imprensa.
Não foi apenas nos editoriais que a Folha se mostrou dura com o primeiro presidente petista. O noticiário se pautou por apontar problemas administrativos, desnudar conchavos, mostrar onde o país ia mal. Fez o que precisava ser feito. Não embarcou na euforia que tomou o país com a eleição do ex-proletário nem reduziu a intensidade das críticas quando ele quebrou recordes de popularidade.
A salutar tradição de "se há governo, sou contra" cegou, porém, o jornal por um bom tempo. Demorou-se a perceber o avanço social promovido pelo atual governo e até por isso era difícil entender como sua aprovação ia tão bem, mesmo depois de tantas denúncias de corrupção. A "relevante melhora nas condições de vida dos mais pobres", descrita no editorial de domingo, entrou tarde na pauta do jornal, concentrada demais no que ocorria em Brasília.
Inesperado, mas muito bem-vindo, o balanço dos anos Lula, tanto no editorial quanto no caderno especial, mexe com as convicções de quem considera a Folha tucana.
Revirando ainda mais os arquivos, descobre-se que o jornal não foi nada condescendente com Fernando Henrique Cardoso no final de seus mandatos. Exatamente oito anos antes do balanço de Lula, a Folha afirmava que FHC frustrou os que esperavam dele um governo "arrojado e imaginativo". O saldo era "moderadamente favorável", concluía o editorial "Bom presidente, governo nem tanto".
Os que consideram que o jornal não poderia fazer diferente diante das "óbvias conquistas" dos últimos anos deveriam ler o caderno especial que "O Globo" publicou também no domingo passado. O mote era o paradoxo de um "presidente tão popular em um governo tão modesto", praticamente sem méritos próprios. Segundo o jornal carioca, Lula falhou na educação, na saúde, na violência, na infraestrutura, em quase tudo.
Felizmente, a Folha não brigou com a realidade. Sem deixar de criticar, provou que não tem medo de reconhecer os avanços de um governo com o qual manteve oito anos de relações conflituosas, para dizer o mínimo. Foi um bom fecho para um 2010 para lá de conturbado.



Suzana Singer é a ombudsman da Folha desde 24 de abril de 2010. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.


Saldo favorável



Apesar das ressalvas, o presidente Lula deixa o governo como estadista democrático que honrou boa parte dos compromissos assumidos numa trajetória épica.


EDITORIAL - Folha de S.Paulo, 19.12.2010


Prestes a encerrar seus oito anos de mandato, o presidente Lula apresentou quarta-feira um extenso balanço da gestão. Como era de esperar, o relato contém abundantes autoelogios, algumas fantasias e nenhuma autocrítica.

No entanto, ao observador isento o exame dos resultados durante os dois governos consecutivos indica um saldo muito favorável.
Político intuitivo, Lula descartou a tentação do manejo demagógico da economia. Manteve a política econômica responsável iniciada por seu antecessor e colheu os frutos dessa sábia decisão.

No período, a economia cresceu 37,3% (média anual de 4%). As exportações do país mais do que triplicaram. A inflação caiu de 12,5% para 5,6% ao ano. A taxa básica de juros reais também cedeu, de 15% para 6%. O desemprego foi reduzido pela metade.

A dívida externa foi paga.

Seu governo foi beneficiado, é verdade, por um contexto internacional favorável. Apesar da crise financeira de 2009, o formidável dinamismo da China puxou o crescimento das principais economias emergentes, que nestes oito anos se expandiram até mais do que o Brasil.

Ainda assim notável, o progresso obtido não é imune a críticas. Lula não soube aproveitar a imensa popularidade acumulada para promover reformas que tornassem a economia mais competitiva e o Estado mais eficiente.

Impondo à sociedade uma carga tributária superior a um terço do Produto Interno Bruto, o Estado presta serviços em educação, saúde e infraestrutura que, apesar de avanços, continuam a ostentar má qualidade. Houve uma incrustação maciça de militantes na máquina federal, bastando ressaltar nesse sentido que os cargos de confiança aumentaram 50%.

Quanto aos costumes políticos, o desempenho foi deplorável. Para garantir hegemonia no Congresso, o governo utilizou expedientes escusos sob evidente beneplácito presidencial. O mais notório dos escândalos, o mensalão -revelado pela Folha em junho de 2005-, foi a ponta visível de um iceberg de ilegalidades impunes.

A política externa foi orientada pelo elogiável intento de ampliar a autonomia do país e sua influência no mundo. Sua consecução, porém, pecou por desnecessária proximidade com autocracias como Cuba e Irã e pela complacência para com outros violadores de direitos humanos.

Tais ressalvas não empanam o maior êxito do governo Lula, expresso numa relevante melhora nas condições de vida dos mais pobres. Isso deveu-se ao próprio crescimento econômico, mas também à expansão dos programas de transferência de renda, do crédito popular e do aumento real no salário mínimo. Em resultado, o estrato mais carente da população, aquele que recebe até R$ 140 mensais per capita, diminuiu de 33,3% do total em 2001 para 15,5% em 2008.

Apesar das ressalvas, o presidente Lula deixa o governo como estadista democrático que honrou boa parte dos compromissos assumidos numa trajetória épica.

Brazil's Rising Star



60 Minutes CBS:" Lula um torneiro mecânico com a 4a. série completa e um doutorado em carisma" Vídeo com legenda aqui.


WikiLeaks contra o Império


Os americanos acham que podem tudo, mas deveriam aprender a guardar segredos com os ingleses

ELIO GASPARI, Folha de S.Paulo


A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica que 250 mil documentos sigilosos foram copiados por um jovem soldado num CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga, cantarolando "Telephone": "Pare de ligar, eu não quero falar". Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais num sistema de segurança que agrupa 1.200 repartições, contrata 2.000 empresas privadas e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a informações classificadas.

A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash classificou de "sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas sabidas têm aspectos escandalosos.

A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão é velha como a Sé de Braga, mas ninguém imaginaria que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana.

O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material nuclear que ele guarda consigo. A revelação do interesse chinês na reunificação das Coreias chega a ser um fator de alívio.

Os seis telegramas relacionados com o Brasil já divulgados cumpriram uma escrita apontada domingo por Garton Ash. Revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. Falta ver os 1.941 restantes. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O de Jobim era não contar. Faz bem a Pindorama saber que seus sabiás gorjeiam impertinências.

A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk (o maior enfrentamento de blindados da história, apesar de haver gente acreditando que isso aconteceu no morro do Alemão).

Terminada a guerra, o primeiro-ministro Winston Churchill mandou destruir os equipamentos e apagar todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos 70.

Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque, matou-se em 1954, condenado pela Justiça por conta de sua homossexualidade, mas nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse é o símbolo da Apple.)

Toda Mídia


Juros e o maremoto
No topo das buscas de Brasil no Google News, com Reuters, "Próximo governo focará redução de juros". A nova equipe decidiu fazer "grande esforço" fiscal para derrubar as taxas, "temendo que, do contrário, será vítima de um maremoto de dinheiro", citando a "flexibilização quantitativa" nos EUA.
Em entrevista destacada em diversos despachos da Bloomberg, Guido Mantega afirmou que o "Brasil vai congelar US$ 12 bilhões para ajudar a derrubar taxa". Os cortes incluiriam PAC e BNDES.


 

Antes, o "Financial Times" postou que o "Ritmo da alta no crédito cria temor no Brasil". Destaca, de um executivo financeiro: "O crescimento veio das classes C, D e E. Essas famílias não têm educação financeira e tomam crédito indiscriminadamente".

forbes.com
Na capa, Assange "quer espalhar os seus segredos corporativos". No destaque interno, é descrito como "o profeta de uma era de transparência involuntária para governos e empresas" //OS PRÓXIMOS VAZAMENTOS

Na nova "Forbes", o editor do WikiLeaks, Julian Assange, avisa que o próximo "megavazamento" vai atingir "um grande banco dos EUA". No final da tarde, a Reuters despachou que pode ser o Bank of America, citado por ele em entrevista à "Computerworld". "Estamos sentados em 5 gigabytes do Bank of America, um disco rígido de executivo", disse, há um ano.
Na longa entrevista à nova "Forbes", que priorizou os futuros vazamentos corporativos e ecoou por "FT" e outros, ele diz que divulga os documentos "no início do ano que vem". Que eles mostram "como os bancos funcionam no nível executivo" e devem levar a "investigações e reformas".
Acrescentou que tem material sobre "espionagem industrial" em tecnologia por um "grande governo". Citou os EUA.

//ASSANGE VS. CLINTON

"De algum lugar não revelado", via Skype, Assange falou ontem à "Time". No destaque, ele afirma que a secretária de Estado "deveria se demitir, se ficar demonstrado que ela foi responsável pela ordem, aos diplomatas americanos, de espionagem na ONU, em violação dos tratados assinados pelos EUA".
Relata que o WikiLeaks têm processado "cerca de 80 documentos por dia", mas "isso vai crescer gradualmente conforme entrarem outros parceiros de mídia", pelo mundo.
O "Guardian" noticiou que a Interpol colocou Assange em uma lista internacional de procurados. E que ele, segundo amigos, "estaria em algum lugar secreto perto de Londres, junto com outros hackers e aficcionados do WikiLeaks". Seu estado de espírito, contam, está leve, alegre.

Sob ataque 1 A home do "Washington Post" destacou que o procurador-geral Eric Holder abriu uma "investigação criminal" de Assange, que pode levar a uma acusação de "espionagem".

Sob ataque 2 Sites diversos destacaram a informação, dada pelo WikiLeaks no Twitter, de que seu site enfrentou um ataque de "10 gigabits por segundo", mas se manteve no ar.


cnn.com

APOIO Na CNN e na BBC, Daniel Ellsberg, que vazou os Papéis do Pentágono em 1971, defendeu Assange. Diz que sofreu as mesmas críticas. "Silêncios e mentiras", argumenta, é que arriscam vidas

//CHINA VS. WIKILEAKS

O "Guardian" deu na manchete de papel, com WikiLeaks, que a "China "está pronta para abandonar Coreia do Norte'".
Ato contínuo, o site da "Computerworld" noticiou ontem que a China havia bloqueado o acesso às páginas do WikiLeaks.
Na "Forbes", Assange relata que chegou a contatar uma versão chinesa do Wiki Leaks, mas desistiu pois o grupo não tinha "segurança" nem "reputação".

//CHINA & BRASIL, EM CANCÚN

Sem permitir cobertura e agora acesso ao WikiLeaks, a China se volta a assuntos como a esvaziada conferência do clima em Cancún. O estatal "China Daily" entrevistou ontem o diplomata brasileiro Luiz Figueiredo, que deu como "prioridade" para os emergentes no encontro uma extensão do Protocolo de Kyoto.

foreignpolicy.com

"GOOD NEWS" A nova "Foreign Policy" lista "As notícias que você perdeu" no ano, como "o fim da política de uma criança" na China. E a "Boa notícia da Amazônia", da redução no desmatamento

Quarta-feira, 01Dez2010

2leep.com
powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme