Vice-Reitor da Uniban (a da loira) na Folha


Por Marcus Rocha

O artigo traz alguns pontos corriqueiros no debate sobre gestão do Ensino Superior no Brasil. No entanto, em comparação outros, esse tem a peculiaridade de ser mais transparente. Eu destacaria duas questões interessantes:

a) Em busca do dinheiro do Estado:

O artigo não só bate nas universidades federais – cujo ensino ele defende que seja pago – como defende que a melhor saída para aumentar as vagas e a qualidade das mesmas é aumentar a transferência de recursos do governos para as instituições privadas. Evidentemente, ele defende o aumento das verbas do PROUNI, o que não é nada errado, do ponto de vista do administrador de uma instituição privada. No entanto, o Estado da a mão e os eficazes empresários querem logo o braço… Em especial, parece que o autor baba pelos recursos investidos na pós-graduação (via agências de fomento), e defende que laboratórios e bibliotecas sejam financiados pelo poder público em regime de PPP.

b) Mas o mercado se autoregula:

O segundo ponto diz respeito à insatisfação das instituições privadas com a regulação da sua atividade. Quando o autor sustenta que o “sistema de avaliação da qualidade educacional. Estes deveriam focar os resultados da formação profissional, e não se concentrar nos meios”, na verdade ele protesta contra as avaliações realizadas dentro do SINAES, que preveem visitas in loco às instituições, verificando bibliotecas, laboratórios, etc. Existem boatos de que há empresas especializadas em alugar equipamentos desse tipo.

Por fim, ele critica o “atual critério de qualificação do corpo docente resume-se à titulação acadêmica. Por importante que seja, esse critério indica apenas o conhecimento dos conteúdos, e não a capacidade didática.”. Parece lindo, mas na verdade o que está em jogo é a exigência de número mínimo de mestres e doutores nas instituições de ensino.

Os empresários do Ensino Superior não só não aceitam serem avaliados e fiscalizados como querem financiamento do governo. Ora, não era o Estado a entidade ineficiente que sempre funciona tendo prejuízo?

A “elite”empresarial brasileira socializa os custos de sua ineficiência e privatiza os benefícios. Deveriam aprender a ser capitalistas.

Íntegra: http://docs.google.com/View?id=dhsmhng2_57hmd7h8fp

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