Estadão defende liberdade de imprensa, mas não pratica

Em casa de ferreiro, liberdade de expressão é no pau. É o que nos ensina O Estado de S.Paulo. Se diz vítima de censura e posa de vítima. Lorota. Quem não suporta conviver com opiniões diferentes é o próprio jornal.

Nem faz questão de disfarçar. Demitiram a colunista Maria Rita Kehl alegando "delito de opinião". Tudo por causa de um artigo bacanudo em que ela critica a forma como tentam desqualificar o voto dos mais pobres em Dilma.

A publicação declarou sua opção pela candidatura de José Serra e acusa o governo Lula de tentar amordaçar a imprensa. É justo. Todo mundo tem direito de dizer a bobagem que bem entender.

Mas tem que saber ouvir as tolices dos outros. Não é pra qualquer um. Muito menos para um jornal centenário, bem velhinho, declaradamente conservador e reaça. Basta ler seus editoriais para saber o quanto sua linha editorial é intolerante.

Como bem disse Millôr Fernandes, "democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim". Não é simples?

Quer ser trouxa e acreditar que o Estadão defende nobres ideais? Bom proveito. Só não venha pedir coerência depois. Esse verbete não existe no manual de redação da família Mesquita.

Patrão só serve pra isso mesmo, contratar e demitir. Necessariamente nessa ordem. Pagou, tá novo. Quer escrever o que pensa? Semana que vem tem outro em seu lugar.

É assim a mídia nativa. Nasceu na Casa Grande e não visita a senzala. Não venha falar de pobre com eles. Te mandam calar a boca: estão muito ocupados defendendo a liberdade de imprensa.

O Provocador

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