Temas polêmicos marcam 1º debate do segundo turno entre presidenciáveis


Do R7

A troca de farpas entre os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), e o bate-boca em torno de temas polêmicos, marcaram o primeiro debate na TV do segundo turno da corrida eleitoral. Realizado na noite deste domingo (10), o embate também foi marcado pela comparação entre os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Temas como privatizações de empresas estatais, descriminalização do aborto e denúncias de corrupção foram recorrentes ao longo dos cinco blocos do debate, promovido pela Rede Bandeirantes.

Polêmica

Logo no início do encontro, quando incitada a falar de suas prioridades para um eventual governo, a petista Dilma Rousseff aproveitou para mencionar alguns dos temas que são usados para criticar os 16 anos de gestões do PSDB em São Paulo. José Serra foi governador do Estado entre 2007 e março deste ano.

Ao direcionar sua primeira pergunta a Serra, Dilma cobrou o adversário por “calúnias e mentiras” que estariam sendo usadas para se referir a ela. A ex-ministra afirmou que a campanha rival estaria se valendo do “submundo” da política para tentar atingi-la. Um dos temas mencionados foi a insinuação de que ela e o PT seriam favoráveis à descriminalização do aborto.

Serra, na resposta, disse que também é vítima de ataques pessoais e citou blogs que, segundo ele, estão ligados à campanha da petista. Além disso, afirmou que os candidatos são responsáveis “pelo que pensam e falam” e lembrou as denúncias envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.

Na réplica, Dilma lembrou que, após acusar sua campanha de estar por trás do caso de vazamento de dados fiscais na Receita Federal, Serra terá de responder na Justiça.

- Você precisa ter cuidado para não ter mil caras. O juiz denunciou, e hoje você é réu.

Ainda sobre a questão do aborto, Dilma afirmou que Serra foi quem regulamentou a prática do aborto no SUS (Sistema Único de Saúde), o que o tucano negou. Em determinado momento, a petista chegou a afirmar que foi alvo de “calúnias” por parte da mulher do tucano, Mônica Serra, que, segundo ela, teria dito que Dilma é “a favor da morte de criancinhas”.

- Isso é um absurdo!

Denúncias

Ao ser questionada sobre a criação do ministério da Segurança Pública, a petista aproveitou o tempo que lhe sobrou para lembrar que fica “indignada com a questão da Erenice”, e mencionou suspeitas de corrupção envolvendo um ex-assessor de Serra.

- É bom você lembrar, eu fico indignada com a questão da Erenice, mas você devia lembrar também o Paulo Vieira de Souza, seu assessor que fugiu com R$ 4 milhões.

Privatizações

Em diversos momentos, a candidata do PT afirmou que Serra omite que os tucanos são favoráveis à privatização das empresas estatais, citando a Petrobras como exemplo.

- Quando eu digo que o candidato Serra privatizou [quando foi ministro de Fernando Henrique Cardoso], é um fato histórico.

O tucano, por sua vez, negou a acusação e disse que a “questão da privatização volta sempre na época de eleição”.

Dilma também acusou Serra de ter suspendido programas na área da educação em São Paulo, quando governador, devido a supostas desavenças com Geraldo Alckmin (PSDB).

Já Serra rebateu afirmando que sua vida pública é “coerente” e aproveitando para atacar a adversária.

- Que coisa fenomenal. Ela fala, faz um monte de acusações e se põe como vítima.

Os eleitores voltam às urnas para escolher o presidente da República no próximo dia 31 de outubro.

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