Eliane Cantanhêde, a tiririca da oposição

A articulista da Folha entra no picadeiro para gritar que pior que está, fica. Ela esta tiririca perante a provável vitória de Dilma. Coberta das velhas e coloridas palavras do antigo anticomunismo, proclama a eleição de Dilma um risco para a imprensa (livre, certo), para os militares e para os costumes.

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Sim, isso mesmo, para ela pior que está, fica; se Dilma vencer. Para a imensa maioria do povo brasileiro a continuidade é necessária porque melhor que está, nunca esteve. Mas devemos respeitar os que assim não pensam.


Com a sutileza de um elefante em loja de porcelana, Eliane agita o suposto perigo para nosso modo de vida, ocidental e cristão, atualizado na linguajem opositora post-moderna: “Caso Dilma seja eleita, terá os ventos a favor na economia, o Congresso às suas ordens e poderá usar e abusar de seus poderes, baixando o centralismo democrático para (ou contra) a imprensa, a área militar e os costumes”, proclama Eliane à beira da crise de nervos.

O perigo vermelho, o fantasma que percorre as redações é o “projeto político” do PT. Parece que o medo de Regina Duarte, em lugar de se dissipar, virou pânico.

Pelo mesmo motivo que em 2002, a derrota de Serra e do PSDB, incita em alguns o recurso à palhaçada e apelam ao discurso das senhoras de Santana, aos slogans das Marchas pela família. Com a diferencia que hoje esse palco esta vazio. Nem a opinião pública, nem as instituições, nem os militares, nem os empresários e nem sequer a maioria da imprensa e dos jornais, presta ouvidos ao grito histérico de uma parte da tucanada as vésperas de ser depenada.

Nem ela mesma acredita no que escreve, para tentar angariar algum votinho em favor da oposição. Talvez seja isso o que distingue Eliane Cantanhêde de Tiririca. Ele reconhece que não sabe para que serve ser deputado. Eliane pretende saber para que serve o jornalismo.

Mas não é jornalismo o que ela prática.

Uma pena á serviço de um tucano em pena, não pode ser confundido com a nobre função do jornalista. Não existe enigma nas motivações de Eliane, o disfarce já não mais engana ninguém.

Após 8 anos de governo Lula todos sabem o que esperar de um governo petista. Para o 4% que consideram este governo ruim ou péssimo, será a continuidade desse desastre. Para os que consideram o governo Lula ótimo e bom, será continuar na mesma linha. O que não significa necessariamente repetir os mesmos erros, mas tentar avançar nas suas realizações. Se em 2002 podia existir uma certa incógnita sobre como seria um governo do PT, hoje com os oito anos de experiência o que menos existe é dúvidas sobre isso.

Já o mesmo não pode se dizer de José Serra. A maioria parece pensar que ele representa o passado dos 8 anos de FHC, mas ele procurou dizer que gostaria representar a continuidade do presente. O enigma dessas duas caras, Eliane o esclarece. O que ela escreve é o que Serra pensa. É o que FHC diz, no conforto de não ser candidato e o que Eliane transcreve, no conforto de ser articulista da Folha.

O resultado eleitoral que se perfila provocará uma revoada nesse ninho oposicionista. A vitória da continuidade obrigará a muitos aggiornamentos.

A oposição deverá passar a limpo suas escolhas e responder aos novos desafios. Uma parte abandonara o método de ficar apelando e se o processo for positivo ressurgirá com maior credibilidade. Mas antes, deverá se afastar de seus cães raivosos. Os eleitores parecem dispostos a injetar uma boa dose de vacina Pasteur no rebanho oposicionista.

Aproveita Eliane, a vacinação é gratuita;

Abaixo a coluna da indigitada jornalista:

Enigma

BRASÍLIA – Com a eleição caminhando para um desfecho já no primeiro turno, Dilma Rousseff precisa explicitar o que pretende fazer no seu governo e se irá ou não implementar o tal “projeto político” do PT alardeado por José Dirceu.
A campanha de Dilma entregou ao TSE um programa “hard” pela manhã, se arrependeu e trocou por um programa “light” à tarde. Seria um dos dois o projeto a que Dirceu se refere? Não se sabe, como não se sabe quais são as reais intenções de Dilma e até onde ela irá com a ame-aça de “controle social” da mídia.
Numa livre tradução, Dirceu disse que agora, sim, o PT vai mandar, fazer e acontecer. Deixou claro que Lula e sua imensa popularidade foram só um meio para chegar a um fim, como se esses oito anos fossem um aquecimento para a implantação do projeto real. Ok. Mas qual é ele? Por que ninguém pode falar? E por que nós não podemos saber?
Caso Dilma seja eleita, terá os ventos a favor na economia, o Congresso às suas ordens e poderá usar e abusar de seus poderes, baixando o centralismo democrático para (ou contra) a imprensa, a área militar e os costumes. Bem faria se deixasse bem claro quais são os seus planos.
Também não está claro como tratará a questão ética. Ou será que está? Sob Lula, houve quatro escândalos no coração do poder: depois de Waldomiro achacando bicheiro, o primeiro ministro foi parar no STF como “chefe de quadrilha”, a segunda patrocinou dossiê contra ex-presidente e a terceira montou um time caseiro de craques em cobrar “taxa de êxito” de empresários.
O passado condena, sem haver compromissos para o futuro. Qual será o padrão ético do novo governo? O que o PT na oposição pregou contra Collor ou o que o PT no poder praticou com suas Erenices?
Após a eleição, bandeiras e programas vão para o lixo. A melhor pista do que vai sobrar é a de Dirceu: vem aí o “projeto político” do PT, seja lá o que isso signifique. Depois ninguém entende por que boa fatia do eleitorado está tão tiririca

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